CAMARA DOS DEPUTADOS – Conselho de Ética da Câmara sorteia relatores para processos de deputados acusados de ofensas e busca de punições severas.

Na terça-feira, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados realizou a importante tarefa de sortear os relatores dos processos disciplinares envolvendo os deputados André Janones, do Avante de Minas Gerais, e Gilvan da Federal, do PL do Espírito Santo. Essa reunião foi marcada pela discussão da conduta de ambos os parlamentares, que são alvos de acusações de ofensas graves a outros colegas de legislatura. O relator do caso de Janones será escolhido a partir de uma lista tríplice que inclui os deputados AJ Albuquerque, Duda Salabert e Ricardo Ayres.

O funcionamento do Conselho é regulado por critérios rigorosos: o relator designado para cada caso não pode ter afinidade política ou territorial com o deputado acusado, uma medida que visa garantir a imparcialidade dos processos. As investigações contra Janones e Gilvan foram iniciadas pela Mesa Diretora da Câmara, após as deploráveis manifestações proferidas por ambos no plenário. Enquanto Janones é acusado de ataques verbais e provocações a Nikolas Ferreira, Gilvan enfrentou acusações semelhantes contra Gleisi Hoffmann, atual ministra de Relações Institucionais.

Ambos os parlamentares já foram alvo de punições, tendo Janones recebido três meses de suspensão, período que terminará em 12 de outubro, enquanto a punição de Gilvan se encerrou no dia 4 de agosto, permitindo seu retorno ao cargo. Essa situação reflete um momento tenso na política brasileira, onde a ética e o respeito mútuo parecem ser postos à prova em um cenário cada vez mais polarizado.

Durante a mesma reunião, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar elegeu o deputado Marcelo Freitas como o novo 1º vice-presidente. Em um ambiente que vive constantes embates, Freitas expressou a esperança de que a harmonia e o equilíbrio sejam preservados na Casa, reduzindo assim a necessidade de intervenções desse tipo. A expectativa é que o Plenário trabalhe para que casos como os de Janones e Gilvan não se repitam, reforçando a importância do decoro e da ética no exercício da função pública.

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