CAMARA DOS DEPUTADOS – Conselho de Ética arquiva representação contra deputado por suposta agressão física durante reunião parlamentar no ano passado

Na tarde desta quarta-feira, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar decidiu arquivar, por 9 votos a 4, a representação (REP 1/24) do PL contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ). A acusação feita pelo partido era de agressão física por parte de Braga ao colega Abilio Brunini (PL-MT) durante uma reunião da Comissão de Direitos Humanos da Câmara no ano passado.

Os fatos ocorreram durante uma reunião no dia 8 de novembro do ano passado, na qual Abilio Brunini se colocou em frente à mesa e se recusou a sair até que fossem retirados os cartazes alusivos a Israel presentes no local. Nesse momento, Glauber Braga empurrou e puxou Brunini. Em sua defesa, Braga alegou que o empurrão dado foi resultado de uma discussão acalorada e não uma tentativa de agressão. Ele afirmou, durante a reunião no Conselho de Ética, que agiu apenas para permitir que a reunião prosseguisse.

O relator do caso, deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), recomendou a censura verbal a Glauber Braga, argumentando que não considerava o empurrão e puxão como uma agressão física. Segundo Ayres, decisões passadas do Conselho de Ética embasaram sua recomendação.

Enquanto isso, a representação contra o deputado Chiquinho Brazão (S.PART.-RJ) também segue em andamento, com a deputada Jack Rocha (PT-ES) solicitando mais tempo para apresentar seu plano de trabalho. Brazão está preso e é acusado pela Procuradoria-Geral da República de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) em março de 2018. O processo contra Brazão foi instaurado em maio e ele apresentou sua defesa em junho.

O Conselho de Ética continuará acompanhando ambos os casos nas próximas semanas, tomando as medidas necessárias conforme a legislação vigente.

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