O líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirmou que a reunião do Conselho de Ética trouxe uma crise de grandes proporções para a Câmara, especialmente pelo fato do deputado Glauber Braga ter iniciado uma greve de fome como forma de protesto. Além disso, a deputada Luiza Erundina (Psol-SP) decidiu se unir ao protesto e acompanhar Braga no plenário do Conselho de Ética.
Dentro do Plenário, o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) questionou o horário de início da Ordem do Dia, que excepcionalmente neste dia começou após as 19h, o que não estava de acordo com o compromisso assumido pelo presidente Hugo Motta de iniciar a Ordem do Dia no máximo às 17h.
A decisão do Conselho de Ética foi duramente criticada pela líder do Psol, deputada Talíria Petrone (RJ), que considerou o ato autoritário e um ataque à esquerda, à democracia e ao Parlamento. Já o deputado André Fernandes (PL-CE) criticou a obstrução feita pelos partidos de oposição, defendendo a aprovação de um projeto de lei que cria um programa de saúde mental para idosos.
O processo de cassação de Glauber Braga foi aberto a pedido do partido Novo, que o acusou de quebra de decoro por ter expulsado da Câmara, com empurrões e chutes, um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). O deputado alegou que reagiu a provocações do integrante do MBL, que possui um histórico de constantes provocações.
Em meio a esse cenário tenso e de embates políticos, a Câmara dos Deputados segue com suas atividades, tentando conciliar interesses partidários e o andamento dos trabalhos legislativos. A votação do caso de Glauber Braga se torna mais um capítulo dessa turbulenta fase política, marcada por divergências e crises que desafiam a governabilidade e o bom funcionamento das instituições democráticas.