CAMARA DOS DEPUTADOS – Conselho de Ética aprova cassação de deputado após discussão tumultuada por agressão a manifestante durante sessão na Câmara.



Na última quarta-feira (9), o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou por 13 votos favoráveis e 5 contrários a representação que pede a cassação do deputado Glauber Braga, do Psol do Rio de Janeiro, por quebra de decoro parlamentar. A decisão veio após uma reunião tumultuada e intensa que durou sete horas, com a presença de diversos apoiadores de Braga.

O motivo da representação foi um episódio ocorrido em abril do ano passado, quando o deputado teria expulsado da Câmara, com empurrões e chutes, o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro. A cena foi filmada e gerou polêmica, levando a Novo a acusar Braga de agressão.

Durante a reunião do Conselho de Ética, dezenas de deputados se inscreveram para defender Glauber Braga. O deputado Chico Alencar, também do Psol do Rio de Janeiro, mencionou casos anteriores que não resultaram em cassação, ressaltando um precedente de agressão por parte do relator do parecer, deputado Paulo Magalhães, em 2001.

Por sua vez, o relator negou as acusações e afirmou que não cometeu nenhuma agressão naquela ocasião. Já o deputado Guilherme Boulos, do Psol de São Paulo, argumentou que a cassação de Glauber Braga poderia criar um precedente perigoso, premiando criminosos e punindo a vítima.

Ao fim da reunião, Glauber Braga declarou que permanecerá em greve de fome no plenário do Conselho de Ética em protesto contra o processo de cassação. Ele alega que se trata de uma retaliação do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, por denúncias feitas por ele. O deputado ainda anunciou que apresentará recurso à Comissão de Constituição e Justiça contra a decisão do Conselho.

Diante de todo o cenário, a situação de Glauber Braga na Câmara dos Deputados segue incerta e envolta em polêmicas. O desfecho desse caso promete continuar chamando a atenção nos próximos dias.

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