O deputado Alberto Fraga, do PL-DF, expressou imediatamente seu apoio à ação israelense, enfatizando que, assim como qualquer nação, Israel está agindo em prol de sua sobrevivência. Fraga não hesitou em criticar o regime iraniano, descrevendo-o como uma “ditadura dos aiatolás”. Ele argumentou que o fortalecimento do Irã poderia representar um grave risco para a segurança de Israel e do mundo, sugerindo que uma possível rebelião do povo iraniano contra seu governo seria uma consequência positiva da atual conflagração.
Por outro lado, deputados da oposição, especialmente do Partido dos Trabalhadores (PT), desaprovaram a ação militar israelense. O deputado João Daniel (PT-SE) acusou o governo israelense de disseminar mentiras para justificar o uso de força militar e receber financiamento dos Estados Unidos, chamando a situação de genocídio. O parlamentar apelou à comunidade internacional para que reconheça a gravidade da situação e intervenha em favor dos civis que estão sofrendo, especialmente mulheres e crianças na Palestina.
Rogério Correia, outro representante do PT, reitera essa crítica, apontando que as ofensivas israelenses estão resultando em um número alarmante de vítimas civis. Violência em massa é uma constante nas áreas mais afetadas, e estima-se que mais de 55 mil pessoas tenham perdido a vida na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, segundo autoridades locais.
A situação não se limita ao conflito entre Israel e Irã. As hostilidades têm se espalhado para outros países da região, como Líbano e Iémen, onde grupos armados que supostamente recebem suporte do governo iraniano, como o Hezbollah e os Houthis, também estão envolvidos em confrontos.
O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) entrou na discussão afirmando que o ataque a instalações nucleares iranianas foi um ato que mereceria reconhecimento mundial, citando preocupações sobre a possível violação do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) por parte do Irã. Este tratado, ao qual o Irã é signatário, visa assegurar que os países desenvolvam energia nuclear apenas para fins pacíficos, em troca da promessa de não desenvolver armas nucleares.
Enquanto Israel continua sua política de defesa, sua postura em torno de armas nucleares permanece envolta em mistério, uma vez que o país não é signatário do TNP e é frequentemente classificado como uma potência nuclear não declarada. O desdobramento dessa crise certamente continuará a impactar a dinâmica política não apenas no Oriente Médio, mas também nas relações internacionais, incluindo as discutidas por parlamentares brasileiros que acompanham com tensão os acontecimentos.