CAMARA DOS DEPUTADOS – Comitês discutirão dificuldades enfrentadas por mulheres na área científica.

Na tarde de ontem, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher promoveu uma audiência pública para discutir os desafios enfrentados pelas mulheres na carreira científica. O evento contou com a participação da Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação e teve como objetivo debater as dificuldades e lutas que as mulheres enfrentam nesse campo.

A audiência foi solicitada pela deputada Ana Pimentel (PT-MG), que apresentou dados alarmantes sobre a representatividade feminina na ciência. Segundo o Grupo de Estudos Multidisciplinar da Ação Afirmativa do CNPq, as mulheres são minoria em quase todas as áreas temáticas de pesquisa, com equidade ou maior participação em apenas 34% das 80 áreas classificadas pela Capes.

Esse fenômeno de exclusão, conhecido como “efeito tesoura”, ocorre de forma ainda mais intensa quando são adicionados recortes de classe, raça e maternidade. As mulheres sofrem dificuldades de acesso e continuidade na carreira acadêmica e científica à medida que aumenta o grau de formação e as oportunidades na carreira docente.

Para debater essa questão, foram convidados diversos especialistas da área, como a assessora da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Alice Plakoudi Souto Maior, a secretária regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Cristiana Brito, a reitora da UFMG e representante da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Sandra Goulart, e a vice-presidente da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), Ana Priscila.

O debate aconteceu hoje, às 10 horas, no plenário 14. Durante a audiência, os participantes discutiram maneiras de promover a inclusão das mulheres na carreira científica, bem como buscar soluções para combater a desigualdade de gênero nesse campo.

A discussão se faz necessária diante dos dados alarmantes apresentados. É preciso que medidas sejam adotadas para que as mulheres tenham as mesmas oportunidades e os mesmos direitos na área científica. A representatividade é fundamental para o desenvolvimento de pesquisas e avanços científicos, e a exclusão das mulheres prejudica não apenas a igualdade de gênero, mas também o progresso da sociedade como um todo.

É importante que a sociedade como um todo se una em busca de soluções para esse problema. A inclusão das mulheres na ciência é um desafio que requer esforços conjuntos de políticos, instituições de ensino e da sociedade em geral. Somente através de ações efetivas e políticas inclusivas será possível garantir a igualdade de oportunidades e promover uma ciência mais diversificada e representativa.

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