Durante essas perfurações, uma grande quantidade de água é injetada no solo, juntamente com solventes químicos comprimidos, alguns dos quais possuem potencial cancerígeno. O deputado Jorge Solla (PT-BA) é o autor do requerimento para a realização da audiência e fundamenta sua solicitação em estudos que apontam que mais de 90% dos fluidos resultantes do fracking podem permanecer no subsolo, com parte desse fluido retornando à superfície e contaminando o solo, o ar e os lençóis de água subterrânea.
De acordo com o deputado, a destruição dos recursos naturais afeta diretamente a agricultura, a pecuária, o turismo e o bem-estar das pessoas que vivem nas regiões de extração, além de impedir a exportação da produção. Solla ressalta ainda que diversos países, como Alemanha, França, Holanda, Suécia, Bulgária, Polônia e Israel, já proibiram a prática do fracking devido aos danos e riscos associados.
A audiência contará com a presença de diversos convidados e está marcada para as 10 horas, no plenário 2 da Câmara dos Deputados. A lista de convidados pode ser consultada através do link disponibilizado. O debate é de extrema importância, visto que o tema tem gerado preocupação em diversos setores da sociedade, especialmente aqueles diretamente impactados pela prática do fracking.
A realização da audiência também coincide com um momento em que o tema está em destaque globalmente, com diversos países tomando medidas para restringir ou proibir a prática de fraturamento hidráulico devido aos seus potenciais impactos negativos. Assim, a discussão no âmbito da Câmara dos Deputados se apresenta como uma oportunidade para analisar e debater os impactos do fracking no contexto brasileiro, levando em consideração as preocupações ambientais e de saúde pública. A Redação – RB