A pesquisa Nascer no Brasil revelou que 45% das mulheres entrevistadas afirmaram ter sofrido algum tipo de violência obstétrica no Sistema Único de Saúde (SUS). Já na rede privada, esse percentual foi de 30%. Esses números evidenciam a gravidade do problema e a importância de se discutir e tomar medidas para combater essa violência.
A comissão foi criada em março e tem como presidente a deputada Soraya Santos (PL-RJ) e como relatora a deputada Any Ortiz (Cidadania-RS). O objetivo principal da comissão é investigar e propor soluções para o problema da violência obstétrica no país.
Durante a reunião, as vítimas terão a oportunidade de relatar suas experiências e os impactos que a violência obstétrica causou em suas vidas. Acredita-se que ouvir essas histórias seja fundamental para sensibilizar os parlamentares e a sociedade em geral para a gravidade do problema e a urgência de se tomar medidas para prevenir e combater essa violência.
A violência obstétrica é um problema recorrente no país e, além de causar sofrimento físico e emocional às mulheres, pode levar à morte materna. É preciso criar mecanismos para punir os responsáveis por essa violência e implementar políticas públicas que promovam um parto seguro e humanizado.
A audiência pública é uma oportunidade importante para que as vítimas sejam ouvidas e para que os parlamentares possam tomar conhecimento das dificuldades enfrentadas pelas mulheres no momento do parto. Espera-se que essa discussão resulte em medidas efetivas de prevenção e combate à violência obstétrica, garantindo o direito das mulheres a um parto digno e seguro.
A violência obstétrica é um problema complexo e multifacetado, que envolve aspectos sociais, culturais e estruturais. É fundamental que toda a sociedade esteja engajada nessa luta, para que haja uma mudança de cultura e sejam garantidos os direitos das mulheres durante o parto. A reunião da Comissão Especial sobre Violência Obstétrica e Morte Materna é mais um passo importante nessa direção.