CAMARA DOS DEPUTADOS – Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprova projeto que condiciona o seguro-desemprego à prestação de serviços públicos.

Na manhã desta terça-feira, a Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que tem causado debates acalorados entre parlamentares e especialistas. A proposta em questão possibilita condicionar a concessão do seguro-desemprego à comprovação da prestação de serviços à administração pública ou a entidades sem fins lucrativos.

O relator do projeto, deputado Vinicius Carvalho (Republicanos-SP), recomendou a aprovação do substitutivo apresentado para o Projeto de Lei 4923/19, de autoria do deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP). Segundo Carvalho, essa medida visa capacitar os trabalhadores, estabelecendo um vínculo temporário entre o beneficiário do seguro-desemprego e as instituições envolvidas, como forma de adquirir experiência e se preparar melhor para o mercado de trabalho.

Em sua argumentação, Vinicius Carvalho destacou que a proposta não caracteriza um vínculo empregatício, já que o objetivo é estritamente de capacitação profissional. Além disso, o relator aumentou em um terço as multas para os empregadores que fraudam o seguro-desemprego, visando coibir condutas ilícitas no processo.

O projeto tramita em caráter conclusivo e já foi aprovado pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família. O próximo passo é a análise pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para votação na Câmara e no Senado.

Cabe ressaltar que a proposta tem gerado opiniões divergentes, com defensores argumentando a importância da capacitação profissional dos trabalhadores desempregados, enquanto críticos apontam possíveis impactos negativos, como a precarização do trabalho e a fragilização dos direitos trabalhistas.

Diante desse cenário, a discussão em torno do projeto promete se intensificar nas próximas etapas do processo legislativo, demonstrando a relevância e a complexidade do tema para a sociedade brasileira.

Por Natalia Doederlein, da Reportagem/RM.

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