O cloro é uma matéria-prima amplamente utilizada em diversos setores industriais, como o farmacêutico, de saneamento básico, de defensivos agrícolas e na fabricação de tubos de PVC. No entanto, o processo de obtenção desse composto através de células de mercúrio libera mercúrio como subproduto, contaminando o ambiente. Para cada tonelada de cloro produzida dessa forma, são liberados 1,3 gramas de mercúrio.
O relator do projeto, o deputado Leo Prates (PDT-BA), recomendou a aprovação da proposta, apresentada pelo ex-deputado Rubens Bueno (PR). Ele ressaltou os riscos à saúde humana causados pelo mercúrio, destacando os danos ao sistema nervoso, que vão desde dores de cabeça e tremores até cegueira e quadros neuromusculares severos.
Apesar de já existirem normas que proíbem a instalação de novas fábricas com tecnologia de células de mercúrio, o projeto pretende acelerar a transição para tecnologias mais sustentáveis. O texto ainda passará pela análise das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para votação em Plenário.
Com o objetivo de proteger o meio ambiente e a saúde pública, a aprovação do Projeto de Lei 427/19 representa um avanço na busca por processos produtivos mais responsáveis e que contribuam para a preservação do ecossistema.