CAMARA DOS DEPUTADOS – Comissão de Finanças da Câmara aprova proposta para limitar transações em espécie e combater crimes financeiros. Medida segue para análise na CCJ.



Na tarde de hoje, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que visa permitir que o Conselho Monetário Nacional (CNM) estabeleça limites para transações financeiras em espécie. A intenção por trás dessa medida é combater crimes de colarinho branco, como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e corrupção.

De acordo com o projeto aprovado, o CNM terá a responsabilidade de definir um limite máximo para saques e depósitos em dinheiro, assim como para o pagamento de cheques em espécie. Qualquer transação acima desse limite só poderá ser realizada por meios eletrônicos ou crédito em conta, tornando a origem e o destino do dinheiro rastreáveis.

O relator da proposta, o deputado Marcelo Queiroz (PP-RJ), recomendou a aprovação do substitutivo adotado na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, ressaltando que a medida não terá impacto nos gastos públicos. No entanto, ele fez algumas modificações, como a retirada do limite para transações que seria fixado em até 1,5 vezes o teto do funcionalismo público.

Queiroz justificou sua posição afirmando que é importante que o Parlamento delegue essa atribuição ao CNM para que os valores sejam ajustados de maneira a não prejudicar o bom funcionamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

A proposta agora seguirá para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser enviada para o Senado. A tramitação seguirá o rito de caráter conclusivo, o que significa que a decisão das comissões designadas para analisar o projeto será definitiva, a menos que haja recurso assinado por 52 deputados para que a matéria seja apreciada no Plenário.

Essa medida representa mais um passo importante no combate aos crimes financeiros e na promoção da transparência nas operações monetárias do país.

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