O debate foi solicitado pelo coordenador da comissão, deputado Bruno Ganem (Podemos-SP), que ressaltou a importância da presença da ATR para esclarecer possíveis falhas técnicas ou de fabricação que possam ter contribuído para o acidente. Ganem destacou a expertise da fabricante no projeto, fabricação e manutenção do modelo ATR-72, além do acesso a dados técnicos e históricos de desempenho das aeronaves em operação global.
A participação da ATR na audiência evidencia o compromisso com a transparência e colaboração nas investigações, conforme afirmou o deputado. Ele lembrou que o modelo ATR-72 esteve envolvido em outros acidentes ao redor do mundo, reforçando a necessidade de envolver os representantes da fabricante nessas apurações.
Ainda em andamento, as investigações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apontam uma das hipóteses para o acidente como o acúmulo de gelo em partes do avião. Em setembro, o relatório preliminar do Cenipa constatou que não houve declaração de emergência da tripulação antes da queda e que o sistema de degelo da aeronave foi acionado três vezes durante o voo.
No mês seguinte, o presidente da Voepass, José Luis Felício Filho, assegurou à comissão que a aeronave passou por manutenção na noite anterior ao acidente e que os pilotos estavam treinados para lidar com condições adversas, incluindo gelo. Porém, a procuradora do Trabalho Luana Lima Duarte Vieira Leal ressaltou recentemente que a empresa tem um histórico de desrespeito a direitos trabalhistas. A investigação continua em andamento, com a busca por respostas para o trágico acidente aéreo da Voepass.
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