CAMARA DOS DEPUTADOS – Comissão da Câmara discute infiltração do PCC no sistema financeiro e combustíveis em audiência pública vital para enfrentamento do crime organizado.

Na próxima terça-feira, dia 11 de novembro, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados realiza uma audiência pública voltada para examinar a crescente atuação de organizações criminosas no sistema financeiro e no setor de combustíveis do Brasil. A reunião está agendada para as 16h30 no plenário 6 e se propõe a ser um espaço de debate sobre estratégias para combater essa infiltração que preocupa as autoridades.

O deputado Capitão Alberto Neto, membro da comissão e autor do requerimento para a audiência, destaca que o foco do debate será o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das facções criminosas mais conhecidas do país. Segundo Neto, o PCC não se limita mais a ser apenas uma organização voltada para atividades ilegais, mas se transformou em uma verdadeira holding financeira criminosa. Essa evolução permitiria ao grupo infiltrar-se em setores estratégicos da economia brasileira, como fundos de investimento, fintechs e redes de distribuição de combustíveis.

“O PCC deixou de ser uma mera facção criminosa e se tornou uma holding financeira, investindo em áreas como energia, transporte, imóveis e até portos. Essa expansão visa blindar seu patrimônio ilícito, conferindo-lhe uma aparência de legalidade”, alerta o deputado. Para ele, o fenômeno da criminalidade financeira exige uma resposta urgente e coordenada por parte do governo e da sociedade civil.

Durante a audiência, especialistas e autoridades do setor serão convidados a discutir não apenas a natureza da infiltração do crime organizado na economia, mas também a considerar soluções práticas e efetivas para essa questão, além de identificar medidas que possam ser implementadas para restaurar a segurança e a integridade financeira no Brasil.

A expectativa é que o encontro sirva como um marco para o início de um esforço mais robusto no combate à criminalidade organizada, particularmente no que se refere à sua intersecção com o sistema econômico do país. O desafio é grande, mas a mobilização de diferentes setores da sociedade pode ser um caminho necessário para enfrentá-lo de forma eficaz.

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