O deputado Capitão Alberto Neto, membro da comissão e autor do requerimento para a audiência, destaca que o foco do debate será o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das facções criminosas mais conhecidas do país. Segundo Neto, o PCC não se limita mais a ser apenas uma organização voltada para atividades ilegais, mas se transformou em uma verdadeira holding financeira criminosa. Essa evolução permitiria ao grupo infiltrar-se em setores estratégicos da economia brasileira, como fundos de investimento, fintechs e redes de distribuição de combustíveis.
“O PCC deixou de ser uma mera facção criminosa e se tornou uma holding financeira, investindo em áreas como energia, transporte, imóveis e até portos. Essa expansão visa blindar seu patrimônio ilícito, conferindo-lhe uma aparência de legalidade”, alerta o deputado. Para ele, o fenômeno da criminalidade financeira exige uma resposta urgente e coordenada por parte do governo e da sociedade civil.
Durante a audiência, especialistas e autoridades do setor serão convidados a discutir não apenas a natureza da infiltração do crime organizado na economia, mas também a considerar soluções práticas e efetivas para essa questão, além de identificar medidas que possam ser implementadas para restaurar a segurança e a integridade financeira no Brasil.
A expectativa é que o encontro sirva como um marco para o início de um esforço mais robusto no combate à criminalidade organizada, particularmente no que se refere à sua intersecção com o sistema econômico do país. O desafio é grande, mas a mobilização de diferentes setores da sociedade pode ser um caminho necessário para enfrentá-lo de forma eficaz.
