O parecer favorável à proposta foi feito pela relatora da matéria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que enfatizou a importância de garantir a proteção dos direitos autorais, especialmente em relação a conteúdos artísticos e culturais. Segundo Feghali, a efetiva proteção dos direitos do autor deve ser preventiva e não reativa, considerando o rápido desenvolvimento das inteligências artificiais generativas.
O projeto estabelece um prazo de 120 dias para que as plataformas se adequem à norma e ofereçam ferramentas adequadas aos autores para o controle e proteção de seus direitos autorais, especialmente os direitos patrimoniais. Além disso, uma emenda apresentada pela relatora altera a expressão “empresas que operam” sistemas de IA para “empresas que desenvolvem” esses sistemas, tornando mais claro o papel das empresas no desenvolvimento de ferramentas de preservação dos direitos autorais.
O próximo passo para a proposta é a análise pelas comissões de Ciência, Tecnologia e Inovação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, o projeto precisa ser aprovado tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado. Com a aprovação do PL 1473/23, o Brasil dá mais um passo na proteção dos direitos autorais em um contexto de avanço tecnológico e impacto das inteligências artificiais.