CAMARA DOS DEPUTADOS – Comissão da Câmara aprova projeto que torna crime exercício ilegal da medicina veterinária com penas de detenção e multa para maus-tratos a animais.



No dia 23 de maio de 2025, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados deu um passo significativo rumo à proteção dos animais e à regulamentação da medicina veterinária. A comissão aprovou o Projeto de Lei 3761/23, que classifica como crime a prática da medicina veterinária sem a devida autorização legal. A proposta representa uma alteração importante na Lei dos Crimes Ambientais e tem como objetivo coibir o exercício ilegal da profissão que pode resultar em maus-tratos.

O relator da proposta, deputado Célio Studart, do PSD do Ceará, destacou a relevância do projeto durante a discussão. Ele argumentou que a iniciativa é fundamental para fortalecer a profissão e garantir que somente profissionais habilitados tenham acesso a procedimentos que podem impactar a saúde e o bem-estar dos animais. “A proposta auxiliará a inibir o exercício ilegal da medicina veterinária”, comentou o relator, ressaltando a necessidade de uma regulamentação mais rígida neste setor.

Com a nova legislação, a pena para aqueles que cometem maus-tratos por meio da prática veterinária irregular será endurecida, pressionando para que os responsáveis por ações irresponsáveis enfrentem consequências mais severas. A detenção prevista oscila entre três meses e um ano, além de multas. Atualmente, o exercício ilegal da medicina veterinária é tratado como contravenção penal, cuja punição é uma pena de prisão simples de 15 dias a três meses.

O autor da proposta, deputado Marx Beltrão, do PP de Alagoas, também se manifestou, alertando sobre os riscos associados à prática inadequada de atividades veterinárias. Ele enfatizou que essa irresponsabilidade não apenas ameaça a saúde dos animais, mas também compromete a confiança que a sociedade deposita no setor.

Agora, o projeto seguirá para análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser encaminhado ao Plenário da Câmara. Para que se torne lei, o texto deve ser aprovado tanto na Câmara quanto no Senado. Essa iniciativa é parte de um esforço mais amplo para regulamentar as profissões relacionadas ao cuidado animal e garantir a proteção efetiva dos direitos dos animais no Brasil.

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