CAMARA DOS DEPUTADOS – “Comissão da Câmara aprova projeto para revitalização de bacias hídricas com uso de pequenas barragens e ecotécnicas sustentáveis”

Em um passo significativo para a gestão dos recursos hídricos no Brasil, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3715/20, que visa a criação do programa Barraginhas e outras ecotécnicas para a recuperação e perenização dos recursos hídricos. A proposta, de autoria do deputado Padre João (PT-MG), introduz soluções de baixo custo e alto impacto ambiental, com foco na utilização de pequenas barragens e outras técnicas para reter água da chuva e controlar a erosão do solo.

As barraginhas são pequenos açudes e valas que têm a função de captar a água da chuva, permitindo a infiltração no solo e contribuindo para a recarga do lençol freático. Segundo o relator do projeto, deputado Joseildo Ramos (PT-BA), as ecotécnicas apresentadas são reconhecidas por sua eficácia na promoção da sustentabilidade ambiental e social, criando condições propícias para a recuperação de bacias hidrográficas.

O projeto em questão incorpora as novas diretrizes à Política Nacional de Recursos Hídricos, conforme estabelecido pela Lei 9.433/97. Diferente de outra proposta que tramita em conjunto, a qual sugere a criação de um programa para a proteção e conservação de nascentes, esta última foi rejeitada durante as deliberações.

Conforme o texto aprovado, a coordenação do programa ficará a cargo do Poder Executivo, que contará com uma comissão consultiva encarregada de desenvolver critérios para a seleção dos projetos de recuperação hídrica e para a qualificação de entidades que prestem apoio técnico em tecnologias socioambientais.

Os financiamentos para os projetos poderão vir de diversas fontes, incluindo recursos de comitês de bacia e agências de água, do Departamento Nacional de Obras contra as Secas, além de doações e verbas da administração pública federal. Projetos que favorecem a participação ativa das comunidades, especialmente de mulheres e agricultores familiares, receberão prioridade no processo de seleção.

Joseildo Ramos destacou que o projeto não gera obrigações financeiras imediatas para a União, não requerendo aumento de gastos ou receitas, o que facilita sua tramitação. O PL 3715/20 já passou pelas comissões de Minas e Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e agora segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, a proposta precisará ser aprovada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado.

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