CAMARA DOS DEPUTADOS – Comissão aprova projeto que transforma Disque 100 em lei, visando proteger direitos de idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.

Na última reunião, a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados tomou uma decisão importante ao aprovar um projeto que visa conceder status legal ao serviço Disque 100. Este serviço, que atualmente opera sob a regulação de um decreto, é responsável por receber denúncias de violações de direitos de indivíduos em situações vulneráveis, englobando idosos, crianças e pessoas com deficiência.

Com a nova proposta, conhecida como “Disque Direitos Humanos – Disque 100”, o intuito é reforçar o papel do serviço na proteção de grupos em situação de vulnerabilidade. O relator do projeto, deputado Zé Haroldo Cathedral, do PSD/RR, ressaltou a importância dessa iniciativa, mencionando que o sigilo das informações denunciadas será rigorosamente garantido. Assim, as pessoas afetadas poderão se sentir mais seguras ao reportar violências e abusos.

O texto foi apresentado como um substitutivo ao Projeto de Lei 1710/20, originalmente elaborado pelo ex-deputado Rubens Bueno e outros doze parlamentares. Este projeto inicial tinha como proposta a criação de um programa de teleassistência voltado para idosos e pessoas com deficiência. No entanto, a versão aprovada pela comissão amplia o escopo das denúncias que o Disque 100 poderá receber, assegurando direitos fundamentais e reforçando a necessidade de políticas públicas que garantam uma vida digna para esses grupos.

O deputado Cathedral também destacou que o aumento da população idosa no Brasil demanda ações mais efetivas. Os dados recentes da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos mostram alarmantes números: até agosto de 2025, foram registradas mais de 117 mil denúncias contra idosos e quase 80 mil contra pessoas com deficiência. Esses números refletem a urgência em se implementar políticas eficazes que combatam essas violências.

Outro ponto relevante do substitutivo é a alteração na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), que agora estipula que na prestação de serviços de telessaúde, o atendimento às pessoas idosas e com deficiência deve ser prioritário.

Atualmente, o projeto segue tramitando com caráter conclusivo e será submetido à análise das comissões de Saúde, Constituição e Justiça e Cidadania. Para se tornar uma lei definitiva, necessita da aprovação tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado.

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