A relatora do projeto, deputada Lêda Borges (PSDB-GO), argumentou que a falta de qualificação das mulheres como trabalhadoras rurais em alguns documentos é reflexo de uma visão machista da sociedade. Ela ressaltou que essa visão não condiz com a dura realidade enfrentada por essas mulheres que, além de trabalharem no campo, também precisam lidar com a sobrecarga de trabalho em casa.
Lêda Borges ressaltou a importância de reconhecer o trabalho e o esforço das mulheres na produção de riquezas no campo. Ela destacou que é fundamental que essas mulheres tenham o direito de solicitar uma aposentadoria digna e justa.
O projeto ainda será analisado por outras comissões da Câmara dos Deputados, incluindo as de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.
A proposta segue em tramitação e deve passar pelo rito de votação pelas comissões designadas para analisá-la. Caso não haja decisão divergente entre as comissões ou haja recurso assinado por 52 deputados, o projeto poderá seguir seu curso em caráter conclusivo.
Essa iniciativa busca dar maior visibilidade e reconhecimento ao trabalho das mulheres no campo e combater estereótipos e preconceitos que ainda existem em relação ao papel das mulheres na sociedade. As mulheres trabalhadoras rurais desempenham um papel fundamental na produção de alimentos e no desenvolvimento do país, e é primordial que seu trabalho seja valorizado e respeitado. O reconhecimento oficial da sua qualidade de segurada especial é um passo importante para garantir seus direitos previdenciários e sua dignidade na velhice.