Atualmente, existem 778 clubes profissionais em atividade no Brasil, no entanto, apenas 56 são reconhecidos como formadores certificados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Os clubes formadores desempenham um papel fundamental na identificação e preparação de jovens talentos no futebol, mas ainda há muito a ser feito para ampliar e fortalecer esse segmento.
Durante a audiência, o vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Mauro Silva, ressaltou a importância dos clubes formadores, destacando que toda sua trajetória no esporte foi moldada por um clube estruturado e comprometido com a formação integral dos atletas.
Além disso, foi discutida a necessidade de se criar uma legislação específica para o futebol, que aborde de forma mais detalhada a questão da formação de talentos. Heloisa Rios, da Universidade do Futebol, propôs a criação de um grupo de especialistas para revisar a legislação vigente e elaborar leis específicas que beneficiem o desenvolvimento do futebol brasileiro.
Outro ponto de destaque durante a reunião foi a integração da formação de atletas com políticas sociais, a fim de identificar talentos em comunidades carentes. O secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte, Athirson Mazolli, ressaltou a importância do trabalho social como uma ferramenta para impulsionar o esporte no país.
Diante das discussões e propostas apresentadas, a necessidade de promover uma maior integração entre os clubes formadores, a educação e as políticas sociais se mostrou imprescindível para o desenvolvimento do futebol brasileiro. O deputado Bandeira de Mello, também coordenador da Frente Parlamentar para a Modernização do Futebol Brasileiro, reafirmou o compromisso em buscar soluções efetivas para aprimorar a formação de atletas no país.