CAMARA DOS DEPUTADOS – Celebrações Animadas na Câmara: Ney Matogrosso e Luisa Mell Defendem Aumento de Penas para Tráfico de Animais Silvestres em Audiência Pública.



Celebrações pelo Fortalecimento da Proteção aos Animais Silvestres na Câmara dos Deputados

Em uma sessão marcante realizada na última quarta-feira, 11 de junho de 2025, figuras proeminentes do entretenimento, como o cantor Ney Matogrosso e a ativista Luisa Mell, uniram vozes em prol do projeto de lei que visa aumentar as penas para o tráfico de animais silvestres. O projeto, designado como PL 347/03, propõe medidas mais rigorosas para coibir a prática que, segundo especialistas, representa uma das formas mais graves de crime ambiental no Brasil.

Ney Matogrosso, que é proprietário de uma reserva particular de patrimônio natural em Saquarema, no estado do Rio de Janeiro, compartilhou sua experiência ao relatar que mais de 5 mil animais silvestres já foram reintroduzidos em seu habitat natural. Em suas palavras, o artista reafirmou a relevância da proposta: “Se não for assim, não vai mudar. Enquanto as pessoas não se sentirem ameaçadas, elas não vão mudar a maneira de pensar.” Seu apelo reflete uma preocupação genuína com a preservação da fauna brasileira.

O deputado Fred Costa, responsável por relatar o projeto, ressaltou a urgência de proteger os animais silvestres, especialmente após a aprovação da chamada Lei Sansão, que priorizou a proteção de cães e gatos. Costa destacou que o tráfico de animais silvestres representa o terceiro maior comércio ilegal no Brasil, o que classifica o país como um dos maiores focos dessa prática no mundo. Para ele, a situação é alarmante: “90% dos animais traficados morrem”, afirmou, tratando a situação como uma verdadeira "carnificina".

Os integrantes da audiência apontaram a necessidade de endurecer as penas para que a impunidade não prevaleça. De acordo com Roberto Cabral, analista ambiental do Ibama, muitos traficantes são liberados rapidamente após serem detidos, contribuindo para um ciclo vicioso que extermina a vida silvestre. “É um verdadeiro crime, e os traficantes continuam soltos, enquanto a crueldade persiste”, alertou.

Os deputados que solicitaram a audiência, como Delegado Matheus Laiola e Marcelo Queiroz, também criticaram a disparidade nas punições. Enquanto um motorista que atropela um animal doméstico enfrentaria sanções rigorosas, um ato semelhante contra uma espécie silvestre frequentemente não resulta em mesmo nível de responsabilidade.

O PL 347/03 prevê penas que variam de seis meses a um ano para a venda de animais silvestres, aumentando para até cinco anos de reclusão em casos mais graves. Durante as discussões, Luisa Mell sugeriu que o projeto também proíba a divulgação de imagens de animais silvestres tratados como pets nas redes sociais, uma prática que, segundo ela, perpetua a exploração desses seres. “A crueldade por trás dessas ações é inaceitável”, enfatizou.

Embora reconhecendo a relevância da proposta de Mell, o relator Fred Costa optou por não incluir esse aspecto na legislação em tramitação, visando não prejudicar o avanço do projeto. Ele espera que o parecer final seja apresentado para votação na primeira semana de julho, marcando um passo significativo para a proteção dos animais silvestres no Brasil.

Neste momento crítico, a mobilização de artistas, deputados e ativistas revela um crescente compromisso com a justiça ambiental e a necessidade de ações eficazes que possam salvar a vida silvestre em solo brasileiro.

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