Zambelli é uma das oito testemunhas relacionadas ao caso, conforme solicitado pelo relator da Representação 2/25, deputado Diego Garcia, do Republicanos, em conjunto com o presidente da CCJ, deputado Paulo Azi. A representação foi encaminhada à comissão pela Mesa Diretora, em decorrência de uma condenação criminal que a deputada sofreu, a qual já transitou em julgado, ou seja, é definitiva. Nesse contexto, a possível perda do mandato não é automática e exige uma análise prévia por parte da CCJ, garantindo à parlamentar o direito à ampla defesa.
Além de Carla Zambelli, outras figuras também estão incluídas na lista de testemunhas que serão ouvidas durante o processo. Entre elas, destaca-se o hacker Walter Delgatti Neto, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, Michel Spiero, especialista em coleta e preservação de provas digitais, e agentes da Polícia Federal, Flávio Vieitez Reis e Felipe Monteiro de Andrade.
O presidente da CCJ, Paulo Azi, ressaltou que o objetivo principal dessa audiência é garantir que o devido processo legal seja respeitado, assegurando ao parlamentar o contraditório e a ampla defesa dentro dos ritos regimentais. Os deputados informaram que estarão tomando as providências necessárias para agendar as oitivas, com a previsão de que as datas sejam divulgadas em breve.
De acordo com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, o processo para a perda de mandato é complexo. Após a apresentação da defesa pela parlamentar ou a nomeação de um defensor dativo, a comissão conduzirá as diligências necessárias e, ao final, emitirá um parecer no prazo de cinco sessões. Caso a representação seja considerada procedente, também é oferecido um projeto de resolução para oficializar a perda do mandato.
A situação de Carla Zambelli é observada de perto, uma vez que a análise da CCJ poderá definir seu futuro político, seguindo os trâmites legais que garantem a preservação dos direitos da parlamentar.