CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmeras Corporais para Apenados: Projeto de Lei Visa Aumentar Segurança e Monitoramento no Cumprimento de Penas em Regimes Abertos e Semiabertos

No último dia 21 de outubro de 2025, uma proposta legislativa que pode transformar o panorama do monitoramento de apenados ganhou destaque na Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei 4774/24, idealizado pelo deputado Sargento Portugal, do partido Pode-RJ, sugere a implementação de câmeras corporais para indivíduos condenados que cumpram suas penas em regime aberto ou semiaberto. Essa inovação, se aprovada, exigirá que os próprios apenados arcam com os custos dos dispositivos, pagos por meio de multas aplicadas a eles. Aqueles que não conseguirem custear as câmeras não terão a oportunidade de progredir para regimes menos severos.

O deputado Sargento Portugal enfatiza a superioridade da tecnologia proposta em relação às tradicionais tornozeleiras eletrônicas. Segundo ele, as câmeras permitirão um monitoramento constante das atividades do apenado, potencializando a coleta de dados que podem ser cruciais no combate ao crime. “Os passos do apenado poderão ser monitorados 24 horas por dia, o que possibilitará alimentar um banco de dados essencial para as instituições de segurança pública”, declarou o parlamentar.

Atualmente, a legislação brasileira sobre execução penal determina que o monitoramento eletrônico pode ser imposto pelo juiz em diversas situações, como autorizações de saída temporária e prisões domiciliares, além de penas em regimes aberto ou semiaberto.

O Projeto de Lei 4774/24 passará pelo crivo das comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, assim como de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser submetido à votação no Plenário da Câmara. Para que a proposta se torne lei, ainda necessitará da aprovação tanto dos deputados quanto dos senadores.

Enquanto a discussão avança, a sociedade assiste atenta, uma vez que a incorporação de tecnologia no sistema de justiça penal pode trazer um novo paradigma quanto à segurança e ao controle de apenados no país. A expectativa é grande e o debate certamente trará à tona questões sobre a eficácia, custos e implicações éticas do uso dessas câmeras na vida dos cidadãos.

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