CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados: Hugo Motta reafirma respeito à pauta dos líderes e discute punições para deputados envolvidos em obstrução no Plenário.

No dia 7 de agosto de 2025, Hugo Motta, atual presidente da Câmara dos Deputados, se manifestou sobre a relevância do Colégio de Líderes no processo de definição das pautas de votação do Plenário. Em uma sessão relevante, Motta afirmou que a proposta de anistia para os acusados de tentativa de golpe de Estado ainda não foi discutida pelos líderes partidários. O presidente destaca que, embora o tema possa retornar à mesa nas próximas reuniões, a decisão está nas mãos do Colégio.

Motta assegurou que não existe preconceito em discutir qualquer proposta, ressaltando que o presidente da Câmara deve respeitar a soberania do Plenário. “A Casa é orientada pela vontade da maioria. Este é o princípio democrático que guia nossas decisões”, afirmou ele durante entrevista. Ele enfatizou a importância de se escutar e aferir o sentimento do Plenário em relação a cada matéria, evitando imposições e chantagens que poderiam comprometer a dinâmica legislativa.

A questão das punições para políticos que desrespeitaram a ordem durante a ocupação da Mesa também foi abordada. Motta mencionou que qualquer decisão sobre penalidades deve ser discutida coletivamente pela Mesa Diretora da Câmara, evitando o uso de força física para garantir a normalidade nas atividades. “Estamos revisando as imagens e avaliando os pedidos de suspensão de mandatos, mas essa é uma decisão que cabe à Mesa”, afirmou.

Além disso, Motta reiterou que não foram estabelecidos acordos para pautas específicas, como a anistia ou a revogação do foro privilegiado, como condição para o fim das obstruções no Plenário. Ao falar sobre a polarização política atual, marcada pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e as tensões internacionais, o presidente da Câmara considerou ter sido uma vitória retomar as atividades por meio do diálogo, elogiando o esforço de líderes partidários.

Sobre a proposta que busca acabar com o foro privilegiado para deputados, ele assinalou que existe um desconforto em relação às intervenções do Supremo Tribunal Federal e que é necessário garantir que haja apoio suficiente para que a questão possa ser votada. Em relação ao deputado Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos, Motta destacou que não há previsão legal para o exercício do mandato à distância e que o caso será tratado com equidade.

Por fim, o presidente da Câmara declarou que não se deixará influenciar por ameaças que podem surgir relacionadas à lei Magnitsky, que possibilita sanções aplicadas por violações de direitos humanos, reafirmando seu compromisso em conduzir os trabalhos legislativos de forma responsável e conforme o Regimento Interno. “Continuarei a agir de acordo com a Constituição e a dar à Câmara a seriedade que ela merece”, concluiu.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo