Segundo Motta, a votação desse requerimento servirá como um recado ao governo federal sobre a insatisfação crescente entre os parlamentares. O presidente ressaltou que existe um sentimento de exaustão entre os deputados em relação a medidas que visam aumentar a arrecadação apenas por meio do aumento de impostos, sem a correspondente análise e adoção de cortes nas despesas públicas. “O governo está entendendo esta mensagem. Será simbólica pelo sentimento da Casa e vamos aguardar os próximos passos. A Câmara vai continuar defendendo o que é melhor para o Brasil”, afirmou.
O líder da Câmara revelou que participou recentemente de encontros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com ministros do governo, incluindo Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, e Rui Costa, da Casa Civil. Nesta interação, Motta destacou a importância de comunicar o sentimento dos deputados, reforçando que uma verdadeira agenda de corte de despesas só poderá ser viabilizada com a colaboração do Executivo.
Motta também enfatizou que, até o momento, o governo não demonstrou intenção de retirar o decreto que propõe o aumento do IOF, mas que há um compromisso, por parte do Executivo, de discutir a redução de despesas. “Não tem como se ter uma agenda de corte de despesa sem o Executivo entrar nesta pauta. O Congresso tem sido correto, aprovou tudo o que o governo mandou para cá, demonstrando responsabilidade com o País”, destacou.
Além disso, o presidente da Câmara fez um apelo pela construção de um ambiente mais favorável à economia brasileira, reafirmando que a relação entre os Poderes deve ser pautada pela lealdade e franqueza, mas que a Casa não hesitará em se opor a medidas que julgar prejudiciais ao país. “Queremos que o Brasil dê certo por meio de medidas estruturantes, de melhoria do ambiente econômico”, concluiu Motta, visando um diálogo construtivo em prol do desenvolvimento nacional.