CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados debate protocolo clínico para neuromielite óptica, visando tratamento seguro e eficaz para pacientes com a doença autoimune.

Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados Discute Protocolo para Neuromielite Óptica

Na próxima terça-feira, 26 de agosto, a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados realizará um importante debate sobre o protocolo clínico e as diretrizes terapêuticas para a neuromielite óptica. A sessão está marcada para começar às 10 horas, no plenário 7, e promete ser interativa, permitindo a participação do público com perguntas e contribuições.

O debate foi solicitado pela deputada Carla Dickson, do União-RN, que enfatiza a necessidade urgente de criar um protocolo que aborde todas as etapas do tratamento, desde o diagnóstico até as opções terapêuticas. A proposta visa garantir que os pacientes recebam cuidados embasados em evidências científicas e que assegurem a segurança no tratamento.

A neuromielite óptica é uma doença autoimune que provoca uma resposta inadequada do sistema imunológico, levando ao ataque de células saudáveis, especialmente as que formam a bainha de mielina dos nervos ópticos e da medula espinhal. A condição tem um impacto devastador na qualidade de vida dos pacientes, resultando em incapacidade física, dores intensas, disfunções urinárias e intestinais, e comprometimento visual severo, consequências que também afetam os cuidadores.

A deputada Carla Dickson ressalta a importância de um projeto de Diretrizes Clínicas e Terapêuticas (PCDT) que não apenas proponha um tratamento eficaz, mas que também considere uma abordagem sustentável do ponto de vista econômico. Embora já existam medicamentos com eficácia reconhecida, como inebilizumabe, ravulizumabe e satralizumabe, o tratamento atualmente disponível no Brasil é amplamente realizado com medicamentos fora do uso aprovado pela Anvisa. Essa prática, segundo a deputada, pode aumentar o risco de eventos adversos para os pacientes, uma preocupação que não pode ser ignorada.

A expectativa é que o debate traga à tona a urgência de um tratamento adequado e seguro, colocando em foco a necessidade de desenvolvimento de diretrizes que garantam o bem-estar de todos os afetados pela neuromielite óptica.

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