A fissura labiopalatina é uma anomalia craniofacial que afeta anualmente milhares de crianças brasileiras. Essa condição é caracterizada por uma abertura no lábio superior e/ou no palato, resultando de um desenvolvimento embrionário que não ocorre de forma adequada. De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, cerca de um em cada 650 nascimentos no Brasil é afetado por algum tipo de fissura labiopalatina. As implicações dessa condição vão muito além de questões estéticas; elas afetam aspectos cruciais da vida cotidiana, incluindo alimentação, respiração, audição e fala, além de impactar a interação social das crianças.
Em seu pronunciamento, Puppio destacou que a fissura labiopalatina provoca desafios que abrangem várias dimensões da vida dos indivíduos afetados. Ele também trouxe à tona a proposta de lei PL 11217/18, que visa reconhecer os pacientes que não foram reabilitados como pessoas com deficiência. Segundo Puppio, essa mudança é essencial, pois o reconhecimento legal da fissura labiopalatina como deficiência garantiria a esses indivíduos acesso a direitos fundamentais, como prioridade em serviços públicos, benefícios sociais e inclusão em ambientes escolares e profissionais.
O evento será uma oportunidade para discutir a necessidade de melhorias significativas nas políticas de saúde e inclusão, ressaltando a urgência de um olhar mais atento e sensível para essa condição que atinge tantas crianças e suas famílias. A expectativa é que as discussões não só aumentem a conscientização, mas também incentivem a criação de estratégias mais eficazes e integradas para atender essa população vulnerável.