A declaração de Motta surgiu em resposta à deputada Laura Carneiro, do PSD do Rio de Janeiro, que levantou preocupações sobre a disparidade salarial entre médicos e veterinários das instituições de ensino e aqueles que atuam em outros órgãos. Ela enfatizou que não fazia sentido que profissionais com funções equivalentes, como os médicos do Ibama e do DNIT, recebessem salários superiores.
O líder do governo, deputado José Guimarães, do PT do Ceará, apoiou a ideia de uma nova rodada de negociações, destacando que outras profissões além dos médicos e veterinários também apresentavam desigualdades salariais e necessitavam de atenção. Guimarães se comprometeu a trabalhar em busca de soluções para todos esses grupos que não foram atendidos na proposta inicial.
Está agendada uma reunião com a ministra Esther Dweck, responsável pela Gestão e Inovação em Serviços Públicos, para o próximo dia 28. Essa reunião será uma oportunidade fundamental para discutir as especificidades de cada categoria e buscar um entendimento sobre a necessidade de reajustes e mudanças nas estruturas salariais.
Entretanto, o líder do PDT, deputado Mário Heringer, expressou suas preocupações em relação ao potencial desse acordo. Ele alertou que a criação desse grupo de trabalho pode acabar resultando em mera procrastinação, sem efetivas melhorias para as carreiras discutidas. Segundo Heringer, iniciativas semelhantes no passado não trouxeram os avanços esperados, e a efetividade das ações propostas ainda é uma incógnita.
José Guimarães, por sua vez, reafirmou sua intenção de cumprir o compromisso da criação do grupo de trabalho e de trabalhar em prol das demandas salariais dessas categorias, enfatizando a seriedade e a urgência da situação. Com o cenário político em constante evolução, a expectativa é de que as negociações avancem e tragam soluções viáveis para os servidores públicos brasileiros.