CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados aprova redução da fração mínima de parcelamento de imóveis rurais para 0,5 hectare, visando simplificar a vida dos pequenos produtores.

No último dia 16, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados deu um passo importante para facilitar o acesso à propriedade rural no Brasil ao aprovar o Projeto de Lei 6088/23, de autoria do deputado Zé Trovão (PL-SC). Essa proposta transforma a fração mínima de parcelamento (FMP) de imóveis rurais, reduzindo-a para 5 mil metros quadrados, ou seja, 0,5 hectare.

A FMP, estabelecida em 1972, representa a menor área que um imóvel rural pode ter para ser registrada oficialmente. Atualmente, essa medida varia entre 2 e 5 hectares, dependendo da localidade, e a submissão a essa exigência tem dificultado a regularização de pequenas propriedades rurais. Imóveis abaixo desta fração mínima não podem ser registrados em cartórios nem se inscrever no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

O relator da proposta, deputado Aluisio Mendes (Republicanos-MA), apoiou a redução da burocracia enfrentada por pequenos produtores. Mendes argumentou que a flexibilidade nas exigências legais pode ser benéfica, principalmente em um cenário onde técnicas de produção mais eficazes e diversificadas estão sendo cada vez mais adotadas, aumentando a produtividade. “A rigidez legal não mais se justifica”, afirmou ele, enfatizando a necessidade de desburocratização para impulsionar a agricultura familiar e os pequenos agricultores.

A proposta já recebeu aprovação prévia na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e agora tramita com caráter conclusivo, o que significa que não precisará passar pelo plenário da Câmara, a menos que haja um pedido em contrário. O projeto seguirá agora para o Senado, onde também deve ser discutido e aprovado pelos legisladores.

Se aprovado pelos senadores, o texto se torna lei, trazendo uma nova esperança para pequenos agricultores que buscam regularizar suas propriedades e expandir suas atividades no campo. Essa mudança pode revolucionar o setor agrícola, tornando-o mais acessível e menos burocrático, o que é especialmente importante em tempos de desafios econômicos e sociais. A aprovação dessa proposta é vista como um passo significativo para promover a inclusão e incentivar o desenvolvimento rural sustentável.

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