CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados Aprova Projeto que Torna Braille Obrigatório em Documentos e Espaços Públicos, Aumentando Acessibilidade para Pessoas com Deficiência Visual

Na última sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, um avanço significativo foi dado em relação à inclusão de pessoas com deficiência visual. O colegiado aprovou um projeto de lei que estabelece a obrigatoriedade da utilização da linguagem Braille em diversas situações do cotidiano, abordando a necessidade premente de promover acessibilidade em uma sociedade que, muitas vezes, ainda marginaliza esses cidadãos.

O projeto, de iniciativa do deputado Guilherme Uchoa, recebeu respaldo do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral. Ele enfatizou que cabe ao Estado garantir meios que tornem a vida civil das pessoas com deficiência visual mais digna e acessível. Em suas palavras, “ampliar a acessibilidade é um dever do Estado”, reforçando o papel do legislador em criar um ambiente mais inclusivo.

Com a aprovação, o uso do Braille se estenderá a áreas fundamentais da vida diária, como terminais de transporte público, medicamentos e documentos oficiais, incluindo certidões de registro civil e sentenças judiciais. A ideia é que, através da inserção dessa linguagem, as pessoas com deficiência visual não enfrentem barreiras em serviços essenciais. As instituições responsáveis, como cartórios, terão um prazo de 180 dias para se adaptar a essas novas exigências, sem que haja a possibilidade de cobrança de taxas adicionais.

Além disso, o projeto incorpora o Braille em manuais de instrução, elevadores e embalagens de produtos tóxicos, entre outros itens que visam facilitar a vida dos deficientes visuais. A proposta já havia sido discutida anteriormente e aprovada na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, o que demonstra um alinhamento nas pautas de inclusão.

Agora, com caráter conclusivo, o projeto seguirá para o Senado, a menos que haja um pedido para que a matéria seja votada pelo Plenário da Câmara. Para se tornar lei, a aprovação nas duas casas é imprescindível. A alteração vislumbrada pela proposta na Lei da Acessibilidade pretende estabelecer um novo marco na promoção de direitos e na integração social de todos os cidadãos, independentemente de suas limitações.

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