De acordo com a relatora, compreender a brevidade e a incerteza da trajetória profissional no esporte é crucial. Apesar de a carreira de um atleta de alta performance parecer promissora, fatores como lesões e a concorrência acirrada podem encurtar essa jornada. Carneiro enfatizou que o planejamento financeiro e emocional deve ser parte integrante da formação dos atletas, preparando-os para a transição de carreira, que muitas vezes ocorre entre os 35 e 40 anos de idade. Ela afirmou que a proposta aborda uma lacuna importante na educação dos jovens esportistas, promovendo um desenvolvimento mais integral.
O projeto estabelece que as organizações esportivas, como as categorias de base de clubes de futebol, disponibilizem cursos e programas para atletas a partir dos 16 anos. As matérias cobertas incluirão a importância da formação educacional paralela à carreira esportiva, a necessidade de um planejamento financeiro sólido, alternativas de carreira após o término da vida esportiva e a compreensão do impacto psicológico que essa transição pode gerar.
Além disso, a proposta altera a Lei Geral do Esporte, que já determina que as entidades formadoras ofereçam programas de treinamento e complementação educacional aos atletas. Ahora, essas organizações também serão responsáveis por implementar suporte educacional e médico adequados, além de fomentar uma cultura de preparação para a vida pós-esporte.
Após essa aprovação, o projeto seguirá para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde será avaliado de forma conclusiva. Se receber o respaldo desejado sem modificações, o texto será enviado para sanção presidencial, o que poderá marcar um novo passo na formação de atletas brasileiros, preparando-os não apenas para o sucesso nas competições, mas, também, para suas vidas futuras fora dos gramados.