CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados aprova projeto de lei para prevenção de lavagem de dinheiro com ativos virtuais. Proposta segue para o Senado.

Na última terça-feira (12), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que tem como objetivo estabelecer regras de prevenção à lavagem de dinheiro por meio de transações com ativos virtuais, como é o caso do bitcoin. O projeto, que agora seguirá para o Senado, foi fruto de um substitutivo do relator, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), ao Projeto de Lei 4932/23, da CPI das Pirâmides Financeiras.

De acordo com Ribeiro, a demora do Banco Central em regulamentar o tema e as suspeitas de uso dos serviços de ativos virtuais para a lavagem de dinheiro e remessa ilegal de recursos para o exterior foram determinantes para a aprovação do projeto. A justificativa é que a ausência de regulamentação poderia contribuir para práticas ilícitas envolvendo ativos virtuais.

A proposta aprovada determina que as empresas que prestam serviços de negociação de ativos virtuais adotem procedimentos como a identificação de clientes, manutenção de cadastros atualizados, adoção de políticas internas compatíveis com seu porte e volume de operações, além de se cadastrar perante órgãos como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Além disso, as empresas serão obrigadas a manter registros de transações acima de R$ 10 mil e atender às requisições do Coaf, preservando o sigilo das informações prestadas. O descumprimento das normas poderá acarretar em penalidades previstas na legislação.

Também foi estabelecido que as transferências de reais ou moeda estrangeira entre usuários e prestadores de serviços de ativos virtuais devem ser feitas por meio de contas mantidas em instituições autorizadas pelo Banco Central. Essa medida visa evitar o mau uso dos recursos dos usuários e proteger seus patrimônios em caso de falência ou liquidação judicial.

Diante dessas novas diretrizes, o mercado de ativos virtuais deverá passar por transformações significativas, buscando garantir mais segurança e transparência nas operações. O projeto agora aguarda análise e possível aprovação no Senado para entrar em vigor e impactar o setor de criptomoedas no Brasil.

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