CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados aprova PEC do corte de gastos em segundo turno com ampla maioria de votos, proposta segue para o Senado.

Na tarde de hoje, a Câmara dos Deputados aprovou, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do corte de gastos, do Poder Executivo. Esta PEC traz diversas medidas para diminuir a despesa obrigatória federal, tendo como destaque a redução gradativa do público-alvo do abono do PIS/Pasep, a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) e a proibição de vincular receitas a despesas em patamares acima dos limites do arcabouço fiscal.

O placar final da votação registrou 348 votos a favor e 146 votos contra a PEC. Agora, a proposta será encaminhada ao Senado para apreciação e deliberação. A PEC 45/24, que está apensada à PEC 31/07, faz parte dos esforços do governo para controlar o crescimento de despesas obrigatórias, visando abrir espaço para despesas discricionárias.

A emenda apresentada pelo relator Moses Rodrigues (União-CE) recebeu apoio da maioria das lideranças de partidos com grandes bancadas. O deputado enfatizou a importância do ajuste fiscal para manter os projetos sociais das últimas décadas, ressaltando a responsabilidade do Congresso em respaldar o arcabouço fiscal.

Dentre as principais mudanças propostas pelo relator estão os gastos do Fundeb e regras para evitar supersalários. Um destaque presente na votação foi a permissão para estados e municípios utilizarem recursos do Fundeb para complementar programas de alimentação e saúde escolar. O debate em torno dessa questão dividiu opiniões entre os parlamentares, com argumentos sobre a importância da educação integral e a necessidade de garantir a adequada nutrição das crianças em ambiente escolar.

Os desdobramentos e impactos da aprovação desta PEC serão acompanhados de perto nos próximos dias, à medida que a proposta avança para novas etapas de tramitação. Ainda há muitos pontos em discussão e divergências a serem exploradas nas próximas fases, o que manterá o tema em destaque na agenda política nacional. O desfecho dessa proposta e seus desdobramentos serão fundamentais para a gestão das contas públicas e a manutenção dos investimentos em áreas essenciais como educação e saúde.

Por Eduardo Piovesan e Tiago Miranda. Edição por Pierre Triboli.

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