CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara dos Deputados aprova cordão de fita como símbolo nacional para pessoas com doenças raras, promovendo pertencimento e autoestima na comunidade.

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados recentemente deu um passo significativo ao aprovar um projeto de lei que institui um novo símbolo nacional de identificação para pessoas afetadas por doenças raras. O símbolo consiste em um cordão de fita adornado com a imagem de mãos multicoloridas, um emblema já adotado em diversos países e que visa promover a visibilidade e apoio à causa.

A proposta é um substitutivo elaborado pela deputada Enfermeira Ana Paula, do partido Podemos, no contexto do Projeto de Lei 1694/2024, originalmente proposto pela deputada Nely Aquino. A nova redação ressalta a importância do símbolo como um meio de fortalecer o sentimento de pertencimento à comunidade de indivíduos que convivem com essas condições. Em sua justificativa, a relatora destacou que a utilização deste símbolo pode proporcionar uma melhora significativa na autoestima e valorização pessoal dos portadores, ao mesmo tempo em que promove a conscientização sobre as dificuldades enfrentadas por essas pessoas.

Além de estabelecer o novo símbolo, o substitutivo também propõe alterações na Lei 13.693/18, que institui o Dia Nacional de Doenças Raras. O projeto prevê que o uso do cordão de fita será opcional, não interferindo no exercício de direitos garantidos por lei. Contudo, a apresentação de documentação que comprove a condição de saúde continuará a ser exigida quando necessário. Ademais, pessoas portadoras de doenças raras terão o direito assegurado a atendimento prioritário e humanizado em situações em que suas condições impliquem em dificuldades para a inclusão social.

Estima-se que aproximadamente 13 milhões de brasileiros, o que equivale a cerca de 6% da população, sejam afetados por doenças raras. A deputada Nely Aquino enfatizou que é um dever respeitar os direitos destes cidadãos a uma vida digna e mais inclusiva.

O projeto agora tramita em caráter conclusivo e já recebeu aprovação da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Antes de se tornar lei, ainda deve passar pela análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, sendo necessário, no final, seu aval tanto na Câmara quanto no Senado. Com esses avanços, espera-se um futuro mais inclusivo para aqueles que vivem com doenças raras no Brasil.

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