Atualmente, Tagliaferro enfrenta uma investigação relacionada ao vazamento de mensagens trocadas entre servidores do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na época do suposto vazamento, ele ocupava o cargo de chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação no TSE, entidade presidida por Moraes. Posteriormente, com o avanço das investigações, ele foi exonerado e se transferiu para a Itália, onde reside atualmente.
No caso de Zambelli, além de estar na condição de ré em processos judiciais, a deputada aguarda em solo italiano o desfecho de um pedido de extradição para o Brasil. Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto foram condenados por envolvimento em uma invasão a dispositivos eletrônicos e por falsidade ideológica, condenação que inclui a perda do mandato parlamentar de Zambelli. A Câmara dos Deputados agora analisa se a parlamentar deve ou não ser cassada, em um processo formal denominado Representação 2/25, que passa inicialmente pela CCJ e, em seguida, será submetido ao Plenário da Casa.
Em uma audiência anterior, realizada na última quarta-feira, 10 de setembro, a CCJ já começou a ouvir as testemunhas apresentadas pela defesa da deputada. Walter Delgatti foi o primeiro convocado e, em seu depoimento, alegou que Carla Zambelli o orientou a invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para criar um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Esse complexo caso que envolve figuras relevantes da política e da justiça no Brasil continua a evoluir, e a oitiva de Tagliaferro pode trazer novos desdobramentos para a situação de Zambelli, cujas ações e decisões estão sob intenso escrutínio público e político.
