O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), na condição de vice-líder da oposição, não poupou críticas ao que qualificou de ação “criminosa e covarde” contra os representantes do povo. Ele enfatizou a insinuação de que os deputados estariam utilizando recursos excessivos, questionando especificamente a afirmação de que alguns deles custariam R$ 350 mil mensais em despesas de gabinete. “Gostaria de saber quem seria esse deputado, pois diversas vezes escutei essa informação sendo disseminada”, desabafou.
As críticas continuaram com o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), que sugeriu que a narrativa criada pelo governo Lula busca dividir a sociedade entre pobres e ricos para conquistar apoio popular. “O governo prometeu incluir os pobres no Orçamento, mas, na verdade, acabou por aumentar a carga tributária sobre eles”, argumentou.
O deputado Sanderson (PL-RS), outro vice-líder da oposição, também se posicionou contra o recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), refletindo sobre seu impacto nas camadas mais vulneráveis da população. “Quando o IOF é elevado, a conta recai sobre os mais pobres. O governo afirma que os está protegendo, mas está, na verdade, atingindo-os diretamente”, exclamou.
Por sua vez, o deputado Rodrigo Estacho (PSD-PR) reprovou a ideia de que o IOF somente atinge os ricos, lembrando que quem busca financiar a compra de veículos ou capazes de adquirir empréstimos também enfrentará esse imposto. “Essa informação é uma falácia, pois o ônus é compartilhado por toda a sociedade”, declarou.
A disparidade econômica e social, conforme apontou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), já é uma realidade no Brasil, existindo uma significativa divisão entre 1% de ricos e 99% de trabalhadores. Silva ressaltou que essa desigualdade não é um fenômeno novo, mas algo enraizado na história do país. O seu colega Valmir Assunção (PT-BA) concordou ao dizer que a decisão da Câmara em suspender o aumento do IOF foi imprópria, reforçando que a insatisfação popular, amplificada pelas redes sociais, deve ser ouvida com seriedade.
A deputada Carol Dartora (PT-PR) também expressou sua preocupação, considerando grave a revogação dos decretos que elevavam o IOF, argumentando que essa decisão prejudica o Brasil, especialmente em tempos de penúria, quando a necessidade de investimento em saúde, educação e assistência social é crítica. Para ela, a arrecadação estimada em R$ 30 bilhões era fundamental para atender essas demandas urgentes.
A discussão recente no Congresso destaca a polarização em torno de questões tributárias e suas repercussões, refletindo a luta entre diferentes interesses sociais e econômicos em um país marcado pela desigualdade.