CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara aprova projeto que prioriza atendimento a pessoas em situação de rua no Minha Casa, Minha Vida e modifica legislação habitacional federal.

A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados recentemente deu um passo significativo ao aprovar um projeto de lei que prioriza o atendimento às pessoas em situação de rua dentro dos programas habitacionais do governo federal. Essa iniciativa visa alterar a legislação vigente, especificamente a que regulamenta o Programa Minha Casa, Minha Vida, assim como a que rege o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social e o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social.

Atualmente, o Minha Casa, Minha Vida já contempla uma série de prioridades, como o apoio a famílias desabrigadas, aquelas que residem em áreas de risco, e lares chefiados por mulheres ou que incluam pessoas com deficiência. Contudo, com a nova proposta, busca-se uma abordagem mais clara e direcionada para a proteção das pessoas sem-teto, enfatizando a necessidade de um olhar mais atento a esse segmento da população.

O projeto, conhecido como substitutivo do relator Icaro de Valmir (PL-SE) em relação à proposta original da deputada Erika Kokay (PT-DF), trouxe discussões importantes sobre a adequação das políticas habitacionais. Kokay destacou a urgência de alocar recursos de forma mais explícita para aqueles que não têm abrigo, evidenciando a gravidade da situação das pessoas em situação de rua.

Entretanto, algumas modificações geraram polêmica. O relator excluiu a proposta de destinar 3% das moradias do programa a esse grupo, considerando que tal exigência poderia interferir na autonomia do Poder Executivo para planejar políticas públicas. Além disso, Icaro de Valmir rejeitou a ideia de incluir pessoas idosas e mulheres vítimas de violência doméstica como público prioritário, um ponto que havia sido defendido em uma versão anterior do projeto e que permitia uma situação mais inclusiva.

Com o projeto tramitando em caráter conclusivo, será necessário que ele passe pelas comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça, antes de seguir para votação na Câmara e, posteriormente, no Senado. Esse trâmite legal é essencial para a efetivação de políticas que possam, de fato, impactar a vida das pessoas em situação de vulnerabilidade habitacional no país.

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