Sanderson argumentou que a proteção dos defensores é fundamental para que possam atuar com independência e segurança, sem medo de represálias. A proposta visa garantir que esses profissionais, frequentemente expostos a situações de risco ao lidarem com casos de grande violência, possam se sentir mais seguros em sua atuação. A concessão do porte de arma, contudo, não será feita de forma indiscriminada; os defensores precisarão demonstrar aptidão técnica e psicológica para obter esse direito.
Segundo o texto aprovado, os defensores públicos terão permissão para portar armas de fogo, tanto de propriedade particular quanto fornecidas pelas instituições, em todo o território nacional e até mesmo fora do horário de expediente. Essa medida foi justificada pelo autor do projeto, que ressaltou as elevadas taxas de criminalidade e a natureza de seus trabalhos, que muitas vezes os expõem a vulnerabilidades.
Além das implicações práticas, a proposta altera o Estatuto do Desarmamento, refletindo mudanças importantes no entendimento sobre a necessidade de proteção a esses profissionais do direito. Agora, o projeto aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, para se tornar lei, precisa ser aprovado tanto na Câmara quanto no Senado. A tramitação ocorre em caráter conclusivo, o que significa que será analisada apenas nas comissões designadas, exceto se houver recurso para discussão no Plenário. A iniciativa representa um passo significativo na busca por melhores condições de segurança para defensores públicos, que desempenham um papel vital no sistema judiciário brasileiro.
