CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara Aprova Projeto que Permite Pescadores sem Escolaridade Freqüentar Curso e Obter Habilitação para Operar Embarcações em Nova Medida Inclusiva

No dia 15 de dezembro de 2025, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados deu um importante passo ao aprovar um projeto de lei que visa facilitar o acesso à habilitação de aquaviários para pescadores a partir dos 18 anos. A proposta, que insere novas diretrizes na Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário, tem como objetivo permitir que aqueles que não são alfabetizados ou que não atendem às exigências de escolaridade possam obter a habilitação, desde que se comprometam a frequentar um curso específico de formação.

O relator da proposta, deputado Leur Lomanto Júnior, do União-BA, enfatizou que a medida reconhece e valoriza a experiência prática desses trabalhadores, levando em conta que a exigência formal muitas vezes exclui aqueles que vivem em comunidades ribeirinhas e que enfrentam barreiras educacionais. Com as constantes mudanças na legislação e a necessidade de adequações para melhor atender a realidade dos pescadores, a aprovação do Projeto de Lei 915/24 representa uma resposta significativa às demandas do setor.

Atualmente, para atuar em embarcações, os aquaviários devem cumprir as normas estabelecidas pela autoridade marítima. Contudo, muitos trabalhadores enfrentam obstáculos para obter o registro de pescador profissional, fundamental para garantir seus direitos e acessar benefícios. A proposta recebida com aprovação nas comissões de Viação e Transportes e de Relações Exteriores e Defesa Nacional sugere que as exigências tradicionais sejam adaptadas para incluir uma formação que considere a realidade de cada trabalhador.

Albuquerque, autor da proposta, destacou que em várias localidades ribeirinhas, a realidade do analfabetismo é uma constante, especialmente entre os mais velhos, que não tiveram oportunidades de ensino adequadas. A nova lei, portanto, busca não apenas legalizar a atividade pesqueira, mas também promover a inclusão social e a dignidade daqueles que dependem do trabalho no setor pesqueiro.

Com o caráter conclusivo da tramitação, a proposta segue agora para o Senado, onde será avaliada. Caso não haja recurso para debate no Plenário da Câmara, a expectativa é que o projeto siga seu curso legislativo e, se aprovado, promova mudanças significativas na vida de muitos pescadores e suas comunidades. A proposta reflete um compromisso em reconhecer a importância da experiência e do conhecimento prático, pontos essenciais para o avanço do setor pesqueiro no Brasil.

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