CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara aprova projeto que obriga empresas com recursos públicos a divulgar informações sobre desaparecidos e campanhas de saúde do governo federal.

No dia 7 de agosto de 2025, a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4306/23, de autoria do deputado Júnior Mano (PSB-CE). A proposta estabelece que empresas que recebem recursos públicos devem divulgar informações sobre pessoas desaparecidas, bem como sobre campanhas de saúde do governo federal. De acordo com o relator do projeto, deputado Sargento Portugal (Pode-RJ), esta iniciativa visa garantir que informações de relevante utilidade pública sejam veiculadas de maneira clara, objetiva e acessível, utilizando canais de comunicação oficiais das empresas, como sites e redes sociais.

A proposta é explícita ao exigir que, nas divulgações, as empresas apresentem imagens, retratos falados ou vídeos de, no mínimo, uma pessoa listada no Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas. No que diz respeito às campanhas de saúde, as empresas devem seguir as orientações estabelecidas pelo Ministério da Saúde para garantir a efetividade da informação transmitida ao público.

Além disso, o projeto impõe uma obrigação de registro das divulgações efetivadas, exigindo que as empresas mantenham um controle documentado que inclua a data das publicações, as imagens das pessoas desaparecidas e as campanhas de saúde envolvidas. O relator ressaltou que essa ação está alinhada com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, norma de status constitucional no Brasil, que incumbe o Estado de implementar medidas que assegurem o mais alto padrão de saúde e bem-estar a essa população, sem discriminação.

Para ampliar o alcance da proposta, Sargento Portugal ajustou o texto para incluir também concessionários e permissionários de serviços públicos, como empresas de energia e transporte urbano, garantindo que mais entidades estejam comprometidas com a divulgação dessas informações essenciais.

Os próximos passos para a proposta envolvem novas análises por outras comissões, incluindo Saúde, Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, Finanças e Tributação, e Constituição e Justiça e de Cidadania. Para que se torne lei, o projeto precisa passar pela aprovação tanto da Câmara quanto do Senado. Essa etapa será crucial para consolidar um novo mecanismo de comunicação e apoio a pessoas em situações vulneráveis.

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