CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara aprova projeto que modifica repasses para escolas de educação especial, garantindo mais recursos e isonomia entre instituições públicas e privadas.

No dia 10 de novembro de 2025, a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados tomou uma decisão significativa ao aprovar um projeto que visa reformular os critérios de repasse do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Essa proposta tem como foco a melhoria da alocação de recursos destinados a instituições que oferecem educação especial, seja de maneira inclusiva ou especializada.

Atualmente, o PDDE é responsável pelo repasse de recursos federais a escolas públicas e entidades privadas sem fins lucrativos que atendem alunos da educação básica. O cálculo das verbas, até então, era baseado em critérios gerais, como o número de matrículas e a localização da instituição, sem considerar as particularidades do atendimento especializado. A proposta recém-aprovada altera esse cenário ao sugerir um novo método para o cálculo dos repasses, que incluirá valores per capita diferenciados dependendo da natureza da escola e das necessidades dos alunos atendidos.

Isso é especialmente relevante para instituições que atendem crianças e jovens com deficiência, autismo ou surdez, cujos custos operacionais tendem a ser mais altos devido à necessidade de materiais adaptados, intérpretes de Libras e profissionais de apoio. O deputado Duarte Jr., que atuou como relator do projeto, enfatizou que a medida visa garantir uma compensação financeira adequada a esses centros de ensino.

Além disso, o novo texto estipula equivalência de valores entre escolas públicas urbanas e instituições privadas beneficentes que ofereçam educação especial e bilíngue de surdos. Essa equivalência é vista como um passo importante para assegurar a isonomia no financiamento, promovendo um ambiente de maior equidade na oferta de educação.

O projeto, agora na forma de um substitutivo, ainda precisa passar pela análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde será avaliado em caráter conclusivo. Caso seja aprovado, a proposta seguirá para votação na Câmara e, posteriormente, no Senado, antes de se tornar lei. Assim, espera-se que essas mudanças contribuam para um sistema educacional mais inclusivo e justo no Brasil, oferecendo melhores condições para o desenvolvimento de alunos com deficiência.

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