CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara aprova projeto que cria programa de capacitação gratuito para donas de casa, visando inclusão no mercado de trabalho e incentivos fiscais para empresas.



Em uma significativa vitória para as donas de casa brasileiras, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta de lei inovadora que visa promover a inclusão dessas mulheres no mercado de trabalho. O Projeto de Lei 1429/24, idealizado pela deputada Rogéria Santos, do partido Republicanos da Bahia, institui um programa de capacitação profissional gratuito específico para donas de casa, além de oferecer incentivos fiscais para empresas que contratem essas mulheres.

A proposta define donas de casa como mulheres que nunca tiveram um emprego remunerado ou que deixaram de trabalhar por um determinado período. O objetivo principal é aumentar a qualificação desse público e facilitar sua entrada no mercado de trabalho. Para isso, o projeto prevê que as empresas poderão deduzir do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) os custos relacionados à contratação e capacitação dessas profissionais.

Além dos incentivos fiscais, o programa incentiva as empresas a adotarem medidas que favoreçam a inclusão das donas de casa, como horários flexíveis, políticas que permitam a conciliação entre trabalho e vida familiar, e serviços de aconselhamento e orientação profissional. Também são sugeridas ações de mentoria e subsídios para a educação continuada, bem como iniciativas destinadas a remover as barreiras que impedem a entrada desse público no mercado.

A deputada Benedita da Silva, relatora do projeto, deu parecer favorável à proposta, enfatizando a necessidade de valorização do trabalho doméstico e o reconhecimento da relevância que essas mulheres têm no contexto social e econômico do país. Em seu discurso, Benedita destacou que a maioria das donas de casa pertence a famílias de baixa renda e, muitas vezes, nunca teve acesso a oportunidades educacionais que lhes permitissem se capacitar para empregos formais.

A proposta agora segue para análise nas comissões de Trabalho, Finanças e Tributação, e Constituição e Justiça. Se aprovada por essas comissões, será encaminhada para votação na Câmara e, posteriormente, no Senado, para que possa se tornar lei. Este projeto representa não apenas um passo importante em direção à igualdade de oportunidades, mas também um reconhecimento da força e do papel vital das mulheres que cuidam de seus lares e que, agora, poderão encontrar novas oportunidades no mercado de trabalho.

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