CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara aprova medidas de segurança para obras com risco ambiental após tragédia de Mariana, visando prevenir novas calamidades no Brasil.

Comissão da Câmara dos Deputados Aprova Medidas de Segurança para Obras em Áreas de Risco

Em um passo significativo para a legislação ambiental brasileira, a Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que determina a implementação de medidas preventivas e de gestão de risco para obras já licenciadas ou em processo de licenciamento que são classificadas como de risco médio ou alto. O objetivo da iniciativa é assegurar que tais empreendimentos sigam as diretrizes da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC).

Atualmente, as exigências de segurança se aplicam exclusivamente a novos projetos. Contudo, com a nova regulamentação, todas as obras que demandam licença ambiental e que possam causar impactos significativos serão obrigadas a atender as normas de prevenção e gestão de risco já previstas na legislação. Isso representa um avanço considerável para a proteção da população e do meio ambiente.

O texto, que é um relatório do deputado João Maia, membro do PP do Rio Grande do Norte, está baseado no Projeto de Lei 1370/24, elaborado em conjunto pela deputada Duda Salabert e pelo deputado Pedro Aihara, ambos representantes de Minas Gerais. Durante a apreciação do relatório, foi votada uma alteração que delimita a obrigatoriedade das medidas a obras que apresentam risco médio ou alto, evitando que o projeto alcance construções de menor impacto.

João Maia destacou a importância dessa proposta ao recordar a tragédia de Mariana, que ocorreu em 5 de novembro de 2015, quando o rompimento da barragem de Fundão liberou milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, resultando na morte de 19 pessoas e devastando comunidades locais. Segundo o deputado, a proposta é crucial para prevenir a repetição de tais desastres. Ele enfatizou que o Brasil já vivenciou uma série de eventos com impactos devastadores em decorrência de falhas técnicas e omissões regulatórias.

Com a aprovação na comissão, a proposta segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para que se torne lei, o texto ainda precisa passar por votação na Câmara dos Deputados e no Senado. A expectativa é que essas novas regras contribuam para a proteção da sociedade e a minimização de danos ambientais, refletindo um compromisso governamental com o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social.

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