O relator da proposta, deputado Gilson Marques, do partido Novo, argumentou que a inclusão das academias no Perse é uma medida não apenas justa, mas também essencial tanto do ponto de vista econômico quanto social. Ele sublinhou a relevância do setor de atividades físicas para a sociedade, especialmente em tempos em que a saúde e o bem-estar se tornaram prioridades.
O Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, como o próprio nome sugere, foi elaborado para mitigar os danos econômicos enfrentados por setores afetados pela pandemia, incluindo hotelaria, produção cultural, e claro, as academias. A pandemia desencadeou uma crise sem precedentes, fazendo com que muitas academias vissem sua receita despencar — algumas relataram uma redução de até 52% no faturamento. Segundo o autor da proposta, o deputado Pedro Westphalen, metade das academias está enfrentando dificuldades financeiras significativas, acumulando dívidas em atraso.
O projeto agora segue seu trâmite no formato de caráter conclusivo, o que significa que não há necessidade de uma votação no Plenário da Câmara, a menos que surjam divergências nas comissões designadas para a análise da matéria. As próximas etapas incluem a avaliação do projeto pelas comissões de Esporte, Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de sua possível aprovação final.
Para que o projeto se torne uma lei efetiva, ainda precisará ser aprovado em duas casas do legislativo: a Câmara dos Deputados e o Senado. O debate sobre o apoio ao setor de academias continua a ser uma questão crucial, especialmente em uma época em que a reabertura econômica é fundamental para a recuperação nacional.