Pinheiro Neto argumentou que a medida não implicará em aumento de despesas para a administração pública, mas representa uma necessária readequação organizacional da corte. Segundo ele, a proposta é um exemplo de como é possível conciliar responsabilidade fiscal com o aprimoramento das instituições. O relator destacou a importância do reforço à estrutura do TRT, especialmente considerando o crescimento populacional do estado, que teve um aumento superior a 80% desde a criação do tribunal, em 1992. Além disso, ele observou que a renda per capita na região cresceu 700% no mesmo período.
A justificativa do TST ressalta um aumento de aproximadamente 30% no número de casos novos autuados no tribunal entre 2015 e 2025, o que gerou uma sobrecarga significativa para os magistrados e servidores, contabilizando 12.709 novos processos neste intervalo de tempo.
Com a transformação dos cargos, o projeto também cria diversas funções comissionadas, mantendo a estrutura orçamentária sem incremento de gastos públicos. A ideia é otimizar o uso de recursos já disponíveis no tribunal.
Entretanto, a proposta não passou sem críticas. O deputado Gilson Marques (Novo-SC) questionou a necessidade da mudança, enfatizando que a população carece mais de juízes na base do que de desembargadores, considerações que suscitavam um debate sobre a pertinência do realocamento de cargos. Marques alertou também para a possibilidade de que, apesar das justificativas apresentadas, o custo efetivo da medida recaia sobre os cofres públicos assim que o cargo de desembargador for preenchido.
Com esse desdobramento, aguarda-se agora a posição do Senado sobre a proposta que pode redefinir a estrutura do TRT da 23ª Região e impactar o funcionamento da Justiça do Trabalho na região.
