CAMARA DOS DEPUTADOS – Câmara analisa projeto que garante espaços para instituições de defesa dos direitos das pessoas com deficiência em eventos com financiamento público.



Câmara dos Deputados Analisa Projeto de Lei que Promove Inclusão de Pessoas com Deficiência em Eventos Culturais

Em um passo significativo para a promoção dos direitos das pessoas com deficiência, a Câmara dos Deputados avalia o Projeto de Lei 4524/24, que estabelece a obrigatoriedade da reserva de espaço para instituições que atuam em defesa desses direitos em eventos culturais, recreativos, esportivos e de lazer que recebem financiamento público ou benefícios fiscais. A iniciativa, proposta pelo deputado Merlong Solano (PT-PI), visa aumentar a visibilidade e a inclusão social dessas organizações, reforçando sua importância na promoção do bem-estar da comunidade.

De acordo com a proposta, a seleção dessas instituições deve priorizar aquelas que apresentem diversidade de atuação e que demonstrem um impacto social relevante. A inclusão dessas entidades em eventos financiados com recursos públicos busca assegurar que as vozes e necessidades das pessoas com deficiência sejam ouvidas e respeitadas em diversas manifestações culturais.

Um dos pontos críticos do projeto é a aplicação de penalidades aos infratores. Caso o evento seja incentivado pela Lei Rouanet e a reserva de espaço não seja cumprida, os responsáveis poderão perder os benefícios fiscais relacionados ao projeto. Essa medida reflete um esforço para garantir que a inclusão não seja apenas uma formalidade, mas uma realidade prática e efetiva.

Atualmente, a proteção dos direitos das pessoas com deficiência no Brasil já é respaldada pela Lei Brasileira de Inclusão, que assegura espaços acessíveis em teatros, cinemas, auditórios e estádios. No entanto, a nova legislação pretende expandir essas garantias, promovendo uma maior interação e participação das instituições na defesa desses direitos em esferas culturais.

O caminho para a aprovação do Projeto de Lei 4524/24 envolve sua análise em caráter conclusivo, o que significa que as comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Cultura, e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) devem deliberar sobre o texto sem a necessidade de votação no plenário, a menos que surjam divergências significativas.

Se aprovado, o projeto seguirá para o Senado, onde poderá se tornar uma nova legislação, potencialmente transformando o cenário cultural do país em um espaço mais inclusivo e representativo para as pessoas com deficiência, reafirmando o compromisso do Brasil com a dignidade e os direitos humanos.

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