Os desafios que os produtores da região enfrentam estão intimamente ligados a questões que afligem o setor leiteiro em todo o Brasil. O parlamentar destaca que o aumento contínuo dos custos de produção e a intensa concorrência com o leite importado são os principais obstáculos. Insumos essenciais, como ração e energia, estão cada vez mais caros, o que resulta em margens de lucro cada vez mais estreitas. Essa situação tem um impacto direto negativo, especialmente sobre os pequenos e médios produtores, que são essenciais para o fortalecimento da agricultura familiar.
Além disso, Leo Prates pontua que a competição com o leite trazido da Argentina e do Uruguai exerce uma pressão significativa sobre os preços que os produtores nacionais recebem. Esse cenário gera uma redução na renda e compromete a sustentabilidade econômica das propriedades rurais na região.
Outro aspecto relevante levantado pelo deputado são os problemas climáticos enfrentados pelo Sudoeste baiano, como a seca, que dificulta tanto a alimentação do rebanho quanto a disponibilidade de água. Tal situação afeta não apenas a produção, mas também a logística e a infraestrutura necessárias para o escoamento da produção, especialmente para aqueles que dependem da agricultura familiar.
Ainda segundo Prates, a falta de sucessão nas propriedades rurais representa outro desafio, juntamente com a necessidade urgente de investimentos em tecnologia e melhoramento genético, visando à elevação da produtividade e da qualidade do leite produzido. Mesmo com iniciativas locais em andamento para apoiar este setor, o deputado acredita que é necessária uma atuação mais robusta e abrangente por parte do governo, para assegurar a viabilidade dos produtores de leite na Bahia.
Em uma avaliação crítica, o parlamentar ressalta que o debate a ser realizado é fundamental para a formulação de soluções que possam efetivamente resolver os problemas atuais enfrentados pelos produtores de leite na região. O que se espera é um espaço fértil para a construção de propostas que ajudem a reverter o cenário preocupante que, se não tratado, pode comprometer não apenas a produção leiteira, mas a segurança alimentar e o sustento de inúmeras famílias no Sudoeste da Bahia.
