A audiência se destaca por seu caráter interativo, permitindo que os participantes enviem perguntas e interajam com os convidados presentes. Essa abordagem visa não apenas discutir as adaptações de obras literárias já existentes, mas também incentivar uma reflexão mais profunda sobre a criação de novos conteúdos literários que representem a diversidade dos leitores brasileiros, incluindo aqueles com deficiência.
Erika Kokay enfatiza que a produção de literatura acessível não deve ser uma mera adaptação de textos clássicos, mas sim um processo que comece desde o planejamento das obras. Para ela, é fundamental que políticas públicas integradas sejam desenvolvidas para estimular autores, editoras, escolas e bibliotecas na criação e disponibilização de livros acessíveis como prática regular, e não como uma exceção.
Entre os convidados para o evento está Carina Alves, fundadora do projeto Literatura Acessível e do Instituto Incluir. Reconhecida internacionalmente, Carina recebeu em 2022 um prêmio da UNESCO por sua contribuição à alfabetização, destacando sua dedicação em tornar a literatura acessível a todos. Seus livros incluem protagonistas diversos, como uma menina que perdeu uma perna, um menino que desenha com os pés e uma princesa que tem uma deficiência genética.
Com essa audiência, a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência busca promover um diálogo essencial sobre como a literatura pode e deve ser mais inclusiva, garantindo que todos tenham acesso às riquezas do universo literário. O evento é uma oportunidade para discutir estratégias e iniciativas que possam transformar a forma como livros são criados e disponibilizados para o público em geral.