O analfabetismo, um problema persistente na sociedade brasileira, se torna ainda mais alarmante quando analisado sob a ótica da população idosa. Segundo dados do Censo de 2022, a taxa de analfabetismo entre aqueles com 65 anos ou mais é de 20,3%, impressionantes treze vezes superior à observada entre os jovens de 15 a 24 anos. Essa estatística desvela uma realidade preocupante: a exclusão social. O fato de não saber ler e escrever gera barreiras ao acesso à informação, à cultura e à saúde, limitando, assim, a mobilidade social e a qualidade de vida desta faixa etária.
Os parlamentares ressaltam que o avanço do analfabetismo entre os idosos não pode ser negligenciado. Para reverter esse cenário crítico, uma proposta central sugere a valorização da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que deve ser prioridade nas políticas públicas de educação. Isso inclui a oferta de mais vagas nos programas educacionais voltados para este público e a capacitação adequada dos educadores que atuarão nesse segmento.
Além da necessidade de ações efetivas, é fundamental que a sociedade como um todo reconheça a importância da alfabetização na vida das pessoas idosas. A educação não apenas abre portas, mas também promove autonomia e dignidade, fatores essenciais para um envelhecer saudável e ativo. Assim, o debate que ocorrerá na Câmara dos Deputados se apresenta como uma oportunidade significativa para fomentar essa reflexão e traçar caminhos que levem à inclusão e ao aprendizado contínuo, independentemente da idade. Em tempos de informações rápidas e mudanças constantes, garantir que todos tenham acesso ao conhecimento é uma responsabilidade coletiva que não pode ser ignorada.
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