A aprovação do requerimento de urgência ocorreu com 267 votos favoráveis, demonstrando a importância e a urgência atribuída pelos parlamentares ao projeto. O objetivo principal do governo com essa medida é economizar cerca de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, visando uma maior sustentabilidade econômica a longo prazo.
Segundo o governo, o projeto tem o propósito de racionalizar as despesas públicas primárias, ajustando o crescimento do gasto obrigatório ao que está estabelecido na LC 200/2023. Além disso, a inclusão do código da Classificação Internacional de Doenças (CID) nos sistemas informacionais do BPC e a necessidade de regularização do cadastro dos beneficiários desatualizados há mais de 24 meses são algumas das mudanças propostas.
Outro ponto relevante da proposta é a vinculação do salário mínimo aos índices de crescimento real da despesa primária, limitando o reajuste com base na inflação do ano anterior e a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB). Com a urgência aprovada, o projeto segue diretamente para análise no plenário da Câmara, sem passar pelas comissões temáticas da Casa.
No entanto, apesar da urgência aprovada, houve um impasse entre os deputados devido às recentes decisões relacionadas ao desbloqueio das emendas parlamentares. A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou ressalvas em relação às emendas desbloqueadas pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), gerando divergências entre os parlamentares.
O cenário político segue movimentado e as discussões envolvendo as revisões de despesas públicas continuam sendo pauta de debates intensos no Congresso, mostrando a complexidade e a importância das decisões a serem tomadas visando o equilíbrio econômico do país.