Com duração de 17 minutos, o documentário traz relatos alarmantes sobre os efeitos nocivos do avanço agropecuário, desmatamento, queimadas e perda da biodiversidade nessas áreas de transição com o Cerrado. A diretora do filme, Jacqueline Lisboa, lançou um verdadeiro alerta ao afirmar que árvores estão morrendo no coração de uma floresta aparentemente intocada, evidenciando a urgência de ações efetivas para reverter essa situação preocupante.
O ponto de não retorno, termo utilizado para descrever o estágio em que a devastação de um ecossistema impede sua recuperação natural, foi ressaltado no documentário. Cientistas apontam que a Amazônia se encontra em um limiar crítico, onde índices de devastação entre 20% e 25% tornariam irreversível a degradação do bioma. O doutor em ecologia Ben Hur Junior enfatizou que as mudanças ambientais observadas já sinalizam a transição para um tipo de floresta mais degradada e menos resiliente.
O relato do coletor de sementes Ermínio de Oliveira emocionou ao descrever a gradual devastação da Amazônia, destacando a perda de vegetação e biodiversidade ao longo dos anos. O deputado Chico Alencar, representando a Frente Parlamentar Ambientalista, ressaltou a importância do documentário como um alerta para a humanidade, destacando os impactos da destruição ambiental na vida de todas as espécies.
Além disso, o minidocumentário aborda estudos realizados pelo Projeto Seca Limite, uma parceria entre instituições do Brasil e da Inglaterra, que buscam compreender e mitigar os efeitos das mudanças climáticas na região amazônica. Em resumo, “Ponto de não retorno: Amazônia” é mais do que um filme, é um chamado à ação e à conscientização sobre a urgência de proteger um dos biomas mais preciosos e ameaçados do planeta.